Grupo 3

André Quiaios, Diana Ramos, Filipa Nogueira, Inês Nobre.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O cérebro e a personalidade

     Como já vimos, através da análise de algumas teorias da formação da personalidade, o meio tem um papel extremamente importante na forma como nos comportamos. Mas como é que podemos explicar que duas pessoas respondam de forma diferente ao mesmo estímulo? Esta questão pode ser respondida através da genética, mais especificamente pela análise de algumas estruturas do cérebro.
     Como sabemos, o nosso cérebro é responsável por praticamente todas as nossas acções e é o sistema límbico que desempenha o papel mais importante no que diz respeito à nossa personalidade.
     O sistema límbico é constituído por várias estruturas: o hipotálamo, o hipocampo, o septo, a amígdala e o bolbo olfactivo. Este sistema tem um papel importante na emoção, na motivação e nos comportamentos agressivos. É por isso considerado o cérebro das emoções. Alguns exemplos que comprovam que o sistema límbico está directamente associado à nossa personalidade é o facto da ablação da amígdala desencadear comportamentos dóceis em macacos enquanto que a destruição do septo provocou reacções agressivas nos mesmos.
     Assim é de capital importância o papel do meio e do cérebro, mais especificamente o sistema límbico, na formação da nossa personalidade.

Freud e a teoria psicanalítica

    Segundo Freud, as principais características da personalidade estabelecem-se na infância, isto é, as experiências, essencialmente no meio familiar, são decisivas para o desenvolvimento da personalidade. Para compreender melhor esta teoria, convém esclarecer certos conceitos.
     Como já dissemos anteriormente, os primeiros anos da infância determinam aquilo que o indivíduo será. A teoria psico-sexual de Freud, para além de salientar a importância das motivações libidinais, insonscientes, acentua o papel das relações familiares. O passado infantil e as marcas que esse passado deixa no inconsciente de cada indivíduo explicam, em grande parte, os seus comportamentos enquanto adulto e as características que definem a sua personalidade.
     Esta teoria (psico-sexual) acentua que o modo como os pais lidam com os impulsos sexuais e agressivos dos seus filhos nos primeiros anos da infância é crucial para um desenvolvimento saudável ou não da personalidade.
     Psico-sexual porquê?
     Porque em cada estádio do desenvolvimento o prazer deriva de uma determinada zona do corpo, centrando-a na zona erógena. Para Freud, a sexualidade é a componente fundamental da realização do ser humano, mas esta sexualidade não é exclusivamente sinónimo de genitalidade nem de acto sexual, mas sim de toda a actividade corporal que tende para o prazer e auto-satisfação.
     Como conclusão, é importante ter em conta o modo como lidamos com a ansiedade ou resolvemos os conflitos intrapsíquicos, isto é, o conflito entre o super ego e o id, que é resolvido com a força do ego.

     Nota:

-   Id- Fonte de pulsões que visam concretizar-se.

- Super ego- Normas sociais interiorizadas que limitam a satisfação de pulsões consideradas amorais.

-  Ego- Gere o confronto entre as forças do id e do super ego.

-  Freud define cinco estádios do desenvolvimento psicossexual:
             -  Estádio oral (0 - 12/18 meses)
             - Estádio anal (12/18 meses - 2/3 anos)
             - Estádio fálico (2/3 anos - 5/6 anos)
             - Estádio de latência (5/6 anos - puberdade)
             - Estádio genital (depois da puberdade)



Bandura e a teoria da aprendizagem social

     Segundo Bandura, a nossa personalidade resulta da interiorização de diversas aprendizagens, podendo ser de forma directa ou por modelação, isto é, os outros funcionam como "modelos" e através da observação dos seus comportamentos e das suas atitudes tendemos a imitá-los.
     Estas aprendizagens são grandemente influenciadas por factores como a importância afectiva do modelo (exemplo: pais) levando-nos a replicar as suas caracerísticas, tornando-nos semelhantes.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Murray e a teoria das necessidades psicológicas

     Para Murray, a personalidade desenvolve-se num processo de interacção contínua e dinâmica entre necessidades individuais (necessidades próprias de cada pessoa) e pressões ambientais (aspectos do meio que facilitam ou dificultam a satisfação de uma necessidade). Desta interacção surge um determinado padrão de funcionamento psicológico que caracteriza a personalidade do indivíduo.
     Cada indivíduo possui necessidades primárias (com origem biológica), relacionadas com a sobrevivência e necessidades secundárias (derivam das primeiras, com origem psicológica) como, por exemplo, a necessidade de realização.

Maslow e a teoria da auto-realização

     De acordo com Maslow, o ser humano tem uma tendência natural para a realização pessoal. Esta realização é atingida se as suas necessidades primárias estiverem satisfeitas, Deste modo, cada pessoa tem um conjunto de necessidades hierarquizadas e a sua personalidade reflectirá as diferentes formas como, ao longo da sua vida, ela vai procurando satisfazer essas necessidades.
     Maslow define um conjunto de cinco necessidades:

Rogers e a teoria fenomenológica da personalidade

     Segundo Rogers, a personalidade é formada com base nas experiências individuais de cada pessoa e tem início na infância.
     As crianças, ao longo do seu desenvolvimento, vão identificando algumas características constantes da sua forma de ser que se vão mantendo ao longo da vida. No entanto, com a convivência em sociedade, os indivíduos, numa tentativa de ser aceite pelos outros, vão alterar algumas características próprias de acordo com a imagem que os outros têm de si. É através destas adaptações em relação ao meio que vamos formando a nossa personalidade.

Erikson e a teoria psicossocial

     Erik Erikson é um psicanalista que vai redefinir a concepção freudiana da personalidade, centrando-a numa perspectiva psicossocial. Assim, o comportamento integra não apenas factores pulsionais e biológicos, mas também factores sociais, aprendidos em contextos histórico-culturais específicos.
     O conceito central da sua teoria é o de identidade. A identidade é o sentimento pessoal de se ser único, que integra experiências passadas e projecta o futuro. É construída e reconstruída ao longo de toda a vida (8 estádios). Em cada estádio existe uma crise ou conflito que tem de ser resolvido positiva ou negativamente pelo indivíduo, no sentido de encontrar um equilíbrio pessoal entre dois pólos opostos.

Teorias da personalidade

     As teorias da personalidade constituem tentativas para descrever e explicar o modo como os indivíduos se distinguem no seu estilo geral de comportamento. Tendo em conta a especificidade do conceito, estas teorias são as mais abrangentes e globais da psicologia. Para além de proporem quadros explicativos da personalidade, procuram prever o comportamento futuro dos indivíduos e, em alguns casos, prescreverem o tratamento de algumas perturbações.
     O que distingue as várias teorias são as diversas formas como os seus autores enfatizam determinadas variáveis. Cada uma delas dá uma visão particular da personalidade conforme aquilo que consideram mais importante.